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Neste artigo eu vou te explicar a diferença entre os cursos de extensão e de aperfeiçoamento.
Você é estudante da graduação, ou já é um profissional formado?
Logo em algum momento da sua vida acadêmica e profissional irá fazer algum curso de extensão ou de aperfeiçoamento.
Dessa forma leia este artigo até o final, pois será de extrema importância para sua formação, tanto inicial, quanto complementar.
Constantemente, as pessoas ficam confusas em relação aos diferentes tipos de cursos, oferecidos pelas Instituições de Ensino, ou empresas.
E como são diversos, entendo a confusão! 🙂
Mas antes de explicar a diferença entre cada um deles é importante você entender a estrutura que sustenta uma instituição de ensino superior. Vamos lá!
Os 3 pilares da universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão
A maioria dos alunos orienta sua vida acadêmica apenas em torno das disciplinas que irá cursar, e das notas que irá alcançar em cada uma delas.
Assim é possível deduzir, que essa etapa se encontra no pilar do Ensino.
No qual, a participação do aluno não é voluntária, se realmente deseja concluir o curso e obter o seu diploma.
Porém, apenas o diploma e boas notas no histórico, já não são suficientes para o mercado de trabalho competitivo, em que vivemos.
Dessa maneira são os pilares da Pesquisa e da Extensão que poderão ajudar o seu currículo acadêmico a ter um diferencial interessante.
Neste sentido apresento a vocês, o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Conforme descrito no artigo 207, da Constituição Federal de 1988, onde diz que:
As universidades gozam, na forma da lei, de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Sendo assim, estes pilares devem ser tratados de forma equivalente, pelas instituições de ensino superior (IES).
Desse modo cada pilar existe por si só, e são independentes funcionalmente.
Em síntese devem atuar constantemente de maneira efetiva.
Entretanto, estão também interligados, e, portanto, indissociados em prol da universidade.
Agora que você entendeu a importância dos três pilares, vamos focar especificamente na extensão.
O pilar da extensão universitária
Ao contrário do ensino e da pesquisa, a extensão ainda é pouco valorizada pela comunidade acadêmica.
Apesar da sua notória importância, e papel social perante a sociedade.
Contudo, isso vem mudando ao longo dos últimos anos, com a curricularização da extensão, ou creditação (curricular) da extensão.
Primordialmente em decorrência do Plano Nacional de Educação (PNE), que foi regulamentada pela Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, onde diz em seu artigo 4°:
As atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação, as quais deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos.
Neste caso, os Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) dos cursos de graduação devem ressaltar o valor das atividades de extensão.
De forma a caracterizar as atividades de extensão, adequadamente, quanto à participação dos estudantes.
E assim o aluno poderá obter os créditos curriculares ou carga horária equivalente após a devida avaliação.
Isso gerou dúvidas e confusão entre o que seriam os cursos de extensão e de aperfeiçoamento.
Cursos de extensão universitária: oferta e modalidade
De acordo com essa mesma resolução mencionada anteriormente, a Extensão na Educação Superior Brasileira é uma atividade que se integra à matriz curricular.
De forma a constituir-se em um processo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico.
Acima de tudo, o seu objetivo é promover a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade.
Nesse sentido, a integração pode ocorrer por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa.
Todavia, os cursos de extensão são oferecidos em sua maioria pelas Instituições de Ensino Superior, sejam elas federais, estaduais ou municipais, e empresas privadas.
Sendo primordialmente, destinados aos estudantes que estão cursando, e à toda a comunidade externa à instituição de ensino, nas mais diferentes faixas etárias.
Além disso podem ser ofertados tanto na modalidade presencial, quanto a distância.
Exemplos de cursos de extensão
As atividades de extensão envolvem diretamente a comunidade externa às instituições de ensino superior.
Desde que estejam vinculadas à formação do estudante, em termos de articulação entre ensino, pesquisa e extensão
Sobretudo devem estar ancoradas em processo pedagógico único, interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico e conforme normas institucionais próprias.
Sendo assim, as atividades extensionistas, segundo sua caracterização nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, se inserem nas seguintes modalidades:
- programas;
- projetos;
- cursos;
- oficinas;
- eventos;
- prestação de serviços, dentre outros.
Geralmente, as aulas ocorrem por meio de atividades acadêmicas, culturais e técnicas.
Em relação à carga horária , os cursos de extensão apresentam-se consideravelmente menor do que um curso de aperfeiçoamento, e uma pós-graduação, por exemplo.
Cursos de aperfeiçoamento
Ao contrário dos cursos de extensão, os cursos de aperfeiçoamento são voltados para aqueles que já concluíram a graduação, e que, normalmente, já está trabalhando.
Ou seja, nessa modalidade, os cursos envolvem temas e discussões que ajudam a desenvolver mais as habilidades específicas do profissional.
Fazendo, assim, você ter um diferencial e destaque diante das necessidades do mercado de trabalho.
Em relação à carga horária, os cursos de aperfeiçoamento têm no mínimo 180 horas de aulas.
E podem ser ofertados tanto na modalidade presencial, quanto a distância.
Analogicamente, ao comparar os dois tipos de curso é possível perceber que os cursos de extensão são focados em um aprendizado mais abrangente e com temas mais abertos.
Por outro lado, os cursos de aperfeiçoamento são mais direcionados para quem deseja aumentar seu desempenho em um cargo profissional específico.
Exemplos de cursos de aperfeiçoamento
O curso de aperfeiçoamento oferecido após a graduação é direcionado a campos específicos de uma atividade profissional.
Inclusive aos docentes, conferindo-lhes certificado, desde que expedido por uma instituição de educação superior ou empresa particular, devidamente credenciada.
Segue abaixo alguns exemplos de cursos de aperfeiçoamento:
- Educação Ambiental
- Educação Científica: Educação não formal em Ciência e Tecnologia
- Gestão de Projetos
- Gestão Financeira
- Inteligência Emocional
- Gerenciamento Estratégico
- Educação do Campo
Em suma, os cursos de aperfeiçoamento tem como objetivo ofertar qualificação a todo profissional que deseja estar por dentro das atualizações e exigências do mercado.
Sumarizando
Em síntese, os cursos de extensão e de aperfeiçoamento são cursos de curta duração e apresentam grande diversidade de conteúdo, em diversas áreas do conhecimento.
Ambos visam aperfeiçoar, atualizar, capacitar e acompanhar as transformações da profissão, da sociedade e agregar mais valor ao currículo.
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Até o próximo post.
Beijinhos científicos❤️
Profa. Sumária Silva 🙂