Novo modelo flexível de pós-graduação, no Brasil

Tempo de leitura: 4 minutos

Universidades públicas de São Paulo, e o novo modelo flexível na pós-graduação.

Olá, pessoal!

Hoje quero bater um papo com vocês sobre uma novidade que está rolando nas universidades públicas de São Paulo.

Ou seja, o novo modelo flexível na pós-graduação.

A partir de 2025, as universidades estaduais e federais paulistas poderão adotar um formato mais dinâmico.

Contudo, adaptável para os cursos de mestrado e doutorado. 

Mas antes de apresentar o novo modelo a vocês, eu preciso voltar no tempo e explicar sobre o surgimento da pós-graduação no Brasil.

Vamos lá!

História da Pós-Graduação no Brasil

A pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), no Brasil foi estruturada a partir da década de 1960, com base no modelo norte-americano.

Esse sistema tradicional prevê dois anos de mestrado, seguidos de quatro a cinco anos de doutorado.

Caminho percorrido por mim e por muito colegas.

Todavia, isso significa que um estudante pode levar mais de 10 anos entre a graduação e o doutorado.

Sobretudo considerando a entrada no mestrado e possíveis pausas.

Por que essa mudança é necessária?

Tempo de formação muito longo

No modelo tradicional, a formação completa até o doutorado pode ultrapassar uma década.

Como resultado, isso afasta talentos e desestimula a continuidade na pesquisa.

Baixa retenção de talentos

Muitos estudantes interrompem a pós-graduação porque não querem passar por duas etapas separadas.

Algumas universidades já permitem que o aluno vá direto ao doutorado, mas agora essa flexibilização será maior.

Mudança nas demandas do mercado de trabalho

Contudo o mercado está cada vez mais dinâmico.

Em contrapartida muitos profissionais precisam de especialização ágil.

Nesse sentido a possibilidade de um modelo flexível permite que cada aluno escolha a melhor trajetória para sua carreira.

Descompasso com modelos internacionais

Em outros países, como nos EUA e na Europa, o ingresso direto no doutorado é mais comum.

Dessa forma, a adaptação do Brasil a esse modelo pode aumentar a competitividade dos pesquisadores no cenário internacional.

O que muda na prática?

Atualmente, o caminho tradicional envolve cursar o mestrado e, depois, o doutorado, o que pode levar muitos anos.

Flexibilidade do novo modelo de pós-graduação adotado pelas universidades públicas de São Paulo.
Flexibilidade do novo modelo de pós-graduação

Com o novo modelo, após os primeiros 12 meses de mestrado, o estudante poderá optar por continuar no mestrado.

Ou migrar diretamente para o doutorado.

Porém, dependerá do seu desempenho e interesses. 

Por que essa mudança é importante?

Essa flexibilidade busca atrair mais estudantes para a pós-graduação.

Além de reduzir a média de idade dos doutores formados.

E consequentemente dinamizar os programas de pesquisa.

Do mesmo modo, pretende-se modernizar o conteúdo das disciplinas e oferecer atividades que vão além da sala de aula.

Definitivamente conectando a academia com as demandas reais da sociedade. 

Como vai funcionar?

Assim, no primeiro ano, o aluno se dedicará às disciplinas interdisciplinares e à construção de um projeto de pesquisa.

Porém sem a necessidade inicial de um orientador definido.

Ao final desse período, passará por um exame de qualificação.

Se aprovado, poderá escolher entre concluir o mestrado em mais um ano.

Ou avançar para o doutorado, que deverá ser finalizado em até quatro anos. 

Entenda melhor por meio do esquema abaixo:

Resumo do novo modelo de pós-graduação que poderá ser adotado pelas universidades do estado de São Paulo
Esquema sequencial do novo modelo de pós-graduação que poderá ser adotado pelas universidades do estado de São Paulo

Quais universidades estão participando?

As seis universidades públicas paulistas envolvidas são: USP, Unesp, Unicamp, Unifesp, UFABC e UFSCar.

Elas assinaram um protocolo de intenções com a Capes e a Fapesp para implementar esse novo modelo. 

Conclusão

Portanto, essa iniciativa representa um passo significativo para modernizar a pós-graduação no Brasil.

Desse modo tornando-a mais atrativa e alinhada às necessidades atuais.

Em suma, a flexibilização da pós-graduação em São Paulo é uma resposta necessária às mudanças no mundo acadêmico e profissional.

Com a nova estrutura, os alunos terão mais liberdade para decidir seus caminhos

E encurtar o tempo de formação, sem comprometer a qualidade.

Se você está pensando em seguir uma carreira acadêmica ou de pesquisa, fique de olho nessas mudanças e nas oportunidades que elas podem trazer.

Curtiu a novidade?

Compartilhe este artigo com seus amigos e colegas que possam se interessar pelo assunto.

E não se esqueça de acompanhar as atualizações das universidades para saber mais detalhes sobre o novo modelo de pós-graduação.

Espero que este artigo tenha esclarecido às principais mudanças e benefícios do novo modelo flexível na pós-graduação das universidades públicas de São Paulo.

Fique atento às novidades e aproveite as oportunidades que estão por vir!

Eu vou ficando por aqui.

Beijinhos científicos e até o próximo post.

Profa. Dra. Sumária.

Deixe um comentário