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Universidades públicas de São Paulo, e o novo modelo flexível na pós-graduação.
Olá, pessoal!
Hoje quero bater um papo com vocês sobre uma novidade que está rolando nas universidades públicas de São Paulo.
Ou seja, o novo modelo flexível na pós-graduação.
A partir de 2025, as universidades estaduais e federais paulistas poderão adotar um formato mais dinâmico.
Contudo, adaptável para os cursos de mestrado e doutorado.
Mas antes de apresentar o novo modelo a vocês, eu preciso voltar no tempo e explicar sobre o surgimento da pós-graduação no Brasil.
Vamos lá!
História da Pós-Graduação no Brasil
A pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), no Brasil foi estruturada a partir da década de 1960, com base no modelo norte-americano.
Esse sistema tradicional prevê dois anos de mestrado, seguidos de quatro a cinco anos de doutorado.
Caminho percorrido por mim e por muito colegas.
Todavia, isso significa que um estudante pode levar mais de 10 anos entre a graduação e o doutorado.
Sobretudo considerando a entrada no mestrado e possíveis pausas.
Por que essa mudança é necessária?
Tempo de formação muito longo
No modelo tradicional, a formação completa até o doutorado pode ultrapassar uma década.
Como resultado, isso afasta talentos e desestimula a continuidade na pesquisa.
Baixa retenção de talentos
Muitos estudantes interrompem a pós-graduação porque não querem passar por duas etapas separadas.
Algumas universidades já permitem que o aluno vá direto ao doutorado, mas agora essa flexibilização será maior.
Mudança nas demandas do mercado de trabalho
Contudo o mercado está cada vez mais dinâmico.
Em contrapartida muitos profissionais precisam de especialização ágil.
Nesse sentido a possibilidade de um modelo flexível permite que cada aluno escolha a melhor trajetória para sua carreira.
Descompasso com modelos internacionais
Em outros países, como nos EUA e na Europa, o ingresso direto no doutorado é mais comum.
Dessa forma, a adaptação do Brasil a esse modelo pode aumentar a competitividade dos pesquisadores no cenário internacional.
O que muda na prática?
Atualmente, o caminho tradicional envolve cursar o mestrado e, depois, o doutorado, o que pode levar muitos anos.
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Com o novo modelo, após os primeiros 12 meses de mestrado, o estudante poderá optar por continuar no mestrado.
Ou migrar diretamente para o doutorado.
Porém, dependerá do seu desempenho e interesses.
Por que essa mudança é importante?
Essa flexibilidade busca atrair mais estudantes para a pós-graduação.
Além de reduzir a média de idade dos doutores formados.
E consequentemente dinamizar os programas de pesquisa.
Do mesmo modo, pretende-se modernizar o conteúdo das disciplinas e oferecer atividades que vão além da sala de aula.
Definitivamente conectando a academia com as demandas reais da sociedade.
Como vai funcionar?
Assim, no primeiro ano, o aluno se dedicará às disciplinas interdisciplinares e à construção de um projeto de pesquisa.
Porém sem a necessidade inicial de um orientador definido.
Ao final desse período, passará por um exame de qualificação.
Se aprovado, poderá escolher entre concluir o mestrado em mais um ano.
Ou avançar para o doutorado, que deverá ser finalizado em até quatro anos.
Entenda melhor por meio do esquema abaixo:
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Quais universidades estão participando?
As seis universidades públicas paulistas envolvidas são: USP, Unesp, Unicamp, Unifesp, UFABC e UFSCar.
Elas assinaram um protocolo de intenções com a Capes e a Fapesp para implementar esse novo modelo.
Conclusão
Portanto, essa iniciativa representa um passo significativo para modernizar a pós-graduação no Brasil.
Desse modo tornando-a mais atrativa e alinhada às necessidades atuais.
Em suma, a flexibilização da pós-graduação em São Paulo é uma resposta necessária às mudanças no mundo acadêmico e profissional.
Com a nova estrutura, os alunos terão mais liberdade para decidir seus caminhos
E encurtar o tempo de formação, sem comprometer a qualidade.
Se você está pensando em seguir uma carreira acadêmica ou de pesquisa, fique de olho nessas mudanças e nas oportunidades que elas podem trazer.
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E não se esqueça de acompanhar as atualizações das universidades para saber mais detalhes sobre o novo modelo de pós-graduação.
Espero que este artigo tenha esclarecido às principais mudanças e benefícios do novo modelo flexível na pós-graduação das universidades públicas de São Paulo.
Fique atento às novidades e aproveite as oportunidades que estão por vir!
Eu vou ficando por aqui.
Beijinhos científicos e até o próximo post.
Profa. Dra. Sumária.